O partir do vidro

Tudo aquilo que alguma vez quiseste saber sobre (a minha) poesia e algo mais...

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Localização: Ermesinde, Porto, Portugal

Há pessoas perfeitas...mas não sabem o que fazer com essa perfeição.Eu não sou dessas...porque não sou perfeito

novembro 28, 2005

Crises respiratórias tornam-se breves suspiros

Olhem em para aquilo que eu tenho...o meu coração transborda e entorna alegria por todos os lados. Sou o ser mais infelizmente feliz que já encontrei. Infelizmente porque não sei aproveitar a felicidade. É esse o paradigma. O núcleo de mim. Com esta minha vida, toda a gente faria melhor do que o que eu estou a fazer. Por isso não digam que a vida é uma dádiva. Sou a prova que não é. A vida é simplesmente dada ao acaso. Sou a morte de toda a acção. A origem de todo o desmazelo. Sou alegremente asmático. Não consigo respirar a felicidade que é o meu ar.
Quero me desintegrar. Utópicamente arrasado.
Dêem me oxigênio...

novembro 25, 2005

Apeadeiros mentais

Nunca me senti tão feliz e vazio ao mesmo tempo. Sei que um dia isto vai parar. Mas eu quero parar antes desse dia. Detesto a ideia do destino. Por isso o meu destino será certamente eu antecipar esse destino e enganar a minha vida. E que me diz que não é esse o meu destino?
Quando não tenho nada para fazer, eu não sei matar o tempo. Talvez por isso seja apenas mais um jovem degradante que brinca com o suicidio nas mãos. Porque eu não conheço ninguem sem nada para fazer como eu. Não conheço ninguêm que, mesmo cheio de ideias e opiniões as guarde para si, como eu.
Sou a sombra da decadência. Dou a mão á tristeza. Marco encontros com o desespero, mas este, nunca aparece, deixo-me ficar cada vez pior.
A loucura abandonou me. E agora sou mais um corpo triste.
Quero ser louco novamente.

novembro 03, 2005

Não me quero deitar na mesma cama que eu

Mexes-te com esse cabelo perfeito. Eu quero me. Os nossos laços tendem a esticar e acabam sempre por romper. Aqui nesta cidade, eu sinto me perfeito. Só me culpo por esta cidade não ser a minha cidade. Estas caras não me pertencem.
Atingi o climax. Mato noites com tantos copos na mão...tantas palavras a mais. Mato as noites antes que elas começem, porque se algum dia começam...não sei. Adoro me porque sou anónimo.
Tu dizes as palavras de forma tão pura, ao mesmo tempo que te mexes perversamente inocente. Enterro romances enquanto mato noites. Faço tudo para que a camada de gelo em que os enterro seja fina, para os puder desenterrar quando quiser.
Ninguem percebe a total falta de amor próprio. Moldei-me. Até a mim mesmo me engano:Amo-me. O meu coração está totalmente estupefacto. Eu rio-me. Completamente embriagado. Mas desta vez o meu coração ri comigo. Deixou de ser meu amigo....logo ele que foi quem eu sempre amei...