Nos jogos que jogamos não existem vencedores

Fechos os olhos porque não aguento a dor. As fotografias nunca deviam ter sido inventadas. Ou destroem tudo ou então captam momentos infinitos. Mas eu não preciso disso. Já tenho a tua fotografia nas minhas retinas cravadas a alto relevo.
E aquelas viagens nocturnas que me pedem encarecidamente para eu não me perder. E logo eu que não decoro caminhos. Logo eu que conduzo rapidamente sem qualquer pensamento, sou obrigado a largar o acelerador e a olhar para o teu lugar que agora está vazio. Mas sei que tu não estás vazia e isso faz me encontrar o caminho para casa.
Lembro me de alguem dizer que era melhor ficar a observar o rio a passar lentamente sem dar as mãos porque assim quando um de nós se findar o outro não sentirá a dor da perda. Talvez a solução para o não-sofrimento seja mesmo o não-sentimento. Talvez...Eu não sei...Mas eu sei que para ti isto é mentira e por isso abro este coração. Contigo, sento me nas margens do rio e abraço te com toda a energia possivel, porque assim quando um de nós se findar sei que vivemos tudo o que nos foi possivel viver...
Quero te ver daqui a dez anos, na perfeição imperfeita que te faz ser a maravilha que tu és, com essas ondas capilares ideais, com esse amor enorme que tens para dar. Adoro a tua felicidade...Adoro saber que faço parte dela.