O partir do vidro

Tudo aquilo que alguma vez quiseste saber sobre (a minha) poesia e algo mais...

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Localização: Ermesinde, Porto, Portugal

Há pessoas perfeitas...mas não sabem o que fazer com essa perfeição.Eu não sou dessas...porque não sou perfeito

fevereiro 24, 2006

Adorava ser a tua privacidade

Quero te agarrar com as duas mãos, porque sei que és enorme para uma só.

fevereiro 10, 2006

A voz dela ecoa espacialmente

Lembro me tao perfeitamente dessa tua voz, talvez porque ela seja mesmo perfeita. Lembro me ainda melhor do desespero, talvez porque este seja mesmo ainda mais perfeito.
Aposto que te custou rastejar. E tambem aposto que agora que não tens aquilo que querias, não pensas nisso. A negação aliada a procura de algo novo não constitui o desejo. Constitui somente a necessidade de se sentir desejado novamente.
Não sei se chegaste a bater no chão, mas se assim foi, acredita que fiz por tudo só para te tentar salvar. Tu...quem eu podia ter usado e magoado e maltratado e abandonado. Preferi inverter os papeis e agora custa me sorrir.
Quero ir para longe daqui...quero encontra alguma calma dentro de mim...quero sentir a melodia que uma vez senti ao ouvir te cantar...quero puxar, com toda a minha força, o tempo atrás, atá-lo a uma arvore e naufragar nesse momento para sempre. Não tenho forças. Existem mil e uma vozes que o empurram e que insistem em me mostrar que o o tempo só voltará atrás por uma razão...o que eu preciso não é de voltar o tempo atrás, mas sim de não deixar que o futuro me escape.

fevereiro 07, 2006

Desconheço-me

Passo o tempo a alucinar repetidamente. Passo a tempo a ver o tempo passar...e o tempo passa por mim sempre entediado. Estou farto de olhar para o mesmo quadro. Detesto a pintura. Detesto a escrita. Só não detesto a proporção.
Á noite, quando atingo o limite da minha velocidade de ponta e vejo todas aquelas luzes a passarem por mim sei que nunca poderei sorrir da forma que tu longinquamente o fazes. Parece que está escrito não é? Mas se não tentares, nunca saberás ler. Se não limpares essas lágrimas tudo aquilo que verás será unicamente essa dor que tanto tentas mostrar, escondendo-a. Mas tu sabes que estará sempre tudo bem comigo. Tu sabes que as minhas alucinações nunca passarão disto. De mundanas divagações traçadas matemáticamente, sem qualquer tipo de precisão.
Os meus espelhos mentem tão bem que eu já me começo a acreditar que tudo sempre esteve bem comigo. O sabor agri-doce do suicidio deixa me sempre presente ideias de salvação.
Lembro me de já ter sido...existido. Agora, já me resignei ao facto de ter que viver, crescer e morrer. Sou apenas o anónimo entre 6 biliões de personalidades públicas. Mas será sempre por mim que irei ver o resto do mundo a desmoronar...