O partir do vidro

Tudo aquilo que alguma vez quiseste saber sobre (a minha) poesia e algo mais...

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Localização: Ermesinde, Porto, Portugal

Há pessoas perfeitas...mas não sabem o que fazer com essa perfeição.Eu não sou dessas...porque não sou perfeito

julho 30, 2005

As tuas retinas são douradas

Não! As minhas mãos ja estão dormentes de tanto tentar esconder a cara. Os medos que adquiri são heréticos, tumultuosos e no entanto nem sequer me receio. O efeito placebo a funcionar na sua total plenitude. É só pensar...
É só pensar...e agora esta mente já esgotou todos os recursos possiveis que serviam de escapatória e para onde antes fugia. Lembras-te de quando costumava-mos viajar, voar e amar-mo-nos em lugares perfeitos? Tudo através das minhas viagens mentais... tudo através deste suor que me pingava pela testa, como o alcool que jorra quando me corto numa veia.
Bem, isso agora acabou. Já não existem frases novas para enterrar a plangência do meu olhar...já não existem mais formas de eu ser feliz...já não existem mais lágrimas para eu saborear...simplesmente caio...e não espero por abraços amigos, abraços sentidos.
Porque a minha tristeza saboreia-se melhor quando me sinto sozinho...

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"...Cansar-se de uma posse é cansar-se de si próprio. (Pode-se também sofrer com o excesso; à necessidade de deitar fora, pode assim atribuir-se o nome lisonjeiro de «amor). Quando vemos sofrer uma pessoa aproveitamos de bom grado essa ocasião que se oferece de nos apoderarmos dela; é o que faz o homem caridoso, o indivíduo complacente; chama também «amor» a este desejo de uma nova posse que despertou na sua alma e tem prazer nisso como diante do apelo de uma nova conquista. Mas é o amor de sexo para sexo que se revela mais nitidamente como um desejo de posse: aquele que ama quer ser possuidor exclusivo da pessoa que deseja, quer ter um poder absoluto tanto sobre a sua alma como sobre o seu corpo, quer ser amado unicamente, instalar-se e reinar na outra alma como o mais alto e o mais desejável..." - Nietzsche

2 Comments:

Blogger Vítor said...

Será que a busca por nós próprios nunca irá acabar? Martirizamo-nos com a solidão imposta por nós próprios e refugiamo-nos naquilo que achamos melhor para nós.
As viagens nunca terão fim, mas eu viajarei a teu lado.

"És feliz porque és assim,
todo o nada que és é teu,
eu vejo-me e estou sem mim,
conheço-me e não sou eu."
Fernando Pessoa

7/30/2005 05:24:00 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Na vida existem inúmeras fases, uma enorme diversidade de pessoas e alguns momentos que nos marcam. Em todas elas, aparecem pessoas especiais, amigos verdadeiros, genuínos, presentes, ternurentos, sinceros!!!
Fazes parte de uma das “fases”, “dos momentos que nos marcam”, mas nunca te colocaria na “enorme diversidade de pessoas”, porque seria injusto….a tua presença está na essência deste texto, na especificação (isto para não me acusarem de ser generalista) que fiz dos amigos. É lá que estás….
Imagina um presente que te dão em determinada altura, embrulhado, completamente embrulhado, envolto em muito papel…..agora, tens k o aprender a desembrulhar se queres realmente ver o presente….pode acontecer por vezes que rasgues o papel ao desembrulhá-lo…..mas é mesmo assim….é isso que te leva a continuar a desembrulhar….e não és só levado pela curiosidade, mas sim pela emoção, pelo carinho…
Continuas a ser a mesma pessoa…..porém aprendi a desembrulhar o papel e, mesmo que por vezes o rasgue, já consigo ver , bem lá no fundo, o presente….a tua amizade sincera!!!!
Tenho orgulho em ser tua amiga, mano…….fica bem….mantém-te sempre ligado àquilo que te faz brilhar: música, escrita……nunca cairás, porque és 1 verdadeiro artista e porque há sempre mãos que te seguram….os amigos que tens.

7/31/2005 10:29:00 p.m.  

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